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quarta-feira, agosto 24, 2005

Até breve 

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Terminou o Fora do Mundo. Espero que em breve Pedro Mexia (retratado na foto) crie um novo blog, pois este empobrecimento da blogosfera será inaceitável caso se prolongue excessivamente.
RM

terça-feira, agosto 23, 2005

Regresso das férias 

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Ao contrário do que tencionava, este ano não fiz a despedida aos leitores e leitoras do blog antes das férias. A minha partida para o Algarve foi um pouco atabalhoada e nem deu para comprar os três primeiros volumes da monumental obra "Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa" do investigador Armando Saturnino Monteiro. O meu amigo João Ricardo fez o seguinte comentário sobre a obra:
- É impressionante saber que este homem dedicou uma vida de trabalho a estes livros, enquanto tu apenas tens que tirar trinta Euros do bolso para os comprares e disfrutares de todo esse conhecimento.
Hoje respondo-lhe assim:
- É verdade, mas são os leitores como eu, que apreciam ao máximo a leitura destes volumes, que dão todo o sentido ao esforço do investigador.

Posto isto, levei para férias a biografia do industrial Alfredo da Silva (1871-1942) e um livro da (caríssima) colecção Batalhas de Portugal: "Chaul e Diu - 1508 e 1509 - o domínio do Índico". Estas leituras apenas duraram oito dias, e como estive três semanas fora, tive que encontrar alternativas. Além do convívio com o meu irmão e o meu primo, encontrámos dois vizinhos do nosso bairro que estavam de férias no mesmo sítio. Um deles, mais que vizinho, é um amigo: trata-se do irmão do João Ricardo (o co-autor ausente deste blog). O outro tinha o aspecto e a mentalidade de um verdadeiro surfista.
Além dos jogos de praia (futebol, vólei na água, pirâmides humanas na água...), fomos a uns bares locais e numa das noites demos um salto a uma discoteca. Eu já não ia a uma há bastantes meses e esquecera-me por completo das mais-ou-menos-tristes cenas de engate. Dois rapazes envergando a camisola da selecção italiana de futebol colocavam-se de joelhos perante várias raparigas e declamavam umas tretas em voz alta. Levavam uma tampa à frente de toda a gente (que se ria deles) e passavam à rapariga/tampa seguinte.
Mais tarde, no meio da confusão sonora e humana da pista, o "surfista" disse-me ao ouvido: "É pena, não é?". Reparei que ele estava a olhar para um grupo de quatro raparigas que abandonavam a pista.
- É pena porquê? - perguntei.
- Tás a ver a última do grupo? Roçou-se a mim na semana passada, quando vim cá com uns amigos e amigas. Mas como eu estava em grupo, na altura não lhe dei atenção.
- Bom, - respondi eu - parece que hoje quem ficou agarrado foste tu!
Ele não se importou com o comentário e sorriu com a certeza de ter muitas oportunidades antes do Verão terminar...
Às 04:10 da manhã um rapaz que dançava num grupo ao lado do nosso tocou-me no ombro e pediu as horas. Devido ao ruído da música limitei-me a apresentar-lhe o mostrador do meu relógio de ponteiros. Ele olhou, revirou os olhos, aproximou-os do mostrador, piscou os olhos... e nada! Não conseguia ver as horas! Das três uma: ou estava bêbado, ou pedrado, ou não sabe vêr as horas num relógio de ponteiros! Gritei-lhe a hora certa ao ouvido e ele agradeceu com um "Tá-se bem!". Enfim, um elemento da geração "Tá-se" no seu melhor!

Com estas voltas passaram-se os primeiros dez dias de férias e os amigos partiram, incluindo o meu primo. Não podia adivinhar que estava prestes a conhecer um grupo de pessoas maravilhosas da minha idade...
RM

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