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sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Othello 

Ontem à noite assisti com o João à peça Othello, de Shakespeare, no Teatro Trindade.
Bons actores, excelente encenação e acima de tudo um texto deslumbrante que acrescentou algo de profundo à minha vivência cultural e espiritual. Não pude deixar de fazer este reparo: porque é que nos tempos que correm ninguém consegue escrever assim? Porque é que não há dramaturgos bons em Portugal? O João disse-me que talvez fosse por falta de dinheiro e de mecenato para o teatro em Portugal. Apenas concordei em parte. Não percebo porque razão os grandes romancistas portugueses sempre temeram escrever para o Teatro. Já era assim no tempo de Eça e parece que assim vai continuar.
Pelo menos, podemos assistir a algumas excelentes peças traduzidas e nesses momentos vale mesmo a pena sair de casa para ir ao Teatro.
RM

Profissão: emigrante 

Este menino está de novo a caminho do estrangeiro. Desta vez vou trabalhar para o Reino Unido, essa nobre terra de Shakespeare e Churchill.
Vou enviar mais novidades assim que puder.
Um grande abraço para todos!
RM

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Empire Falls (II) 


Ed Harris no papel de Miles Roby e Kate Burton no papel de Cindy Whiting

Magnífica interpretação feita pelo actor principal, Ed Harris. O personagem é um homem bom e decente que perdeu a oportunidade de escapar ao ambiente decadente da sua terra natal. Lutando até ao fim pela sua família, representa a integridade moral e a esperança com base na qual os Estados Unidos da América foram fundados: "life, liberty and happiness".
Era em homens como este que Reagan pensava quando afirmava que "One day we shall all belong to the shining city on the hill". Nem todos os Americanos contribuem para esse sonho, mas após ter visto Empire Falls estou certo que esse sonho da "cidade brilhante na colina" nunca morrerá.
RM

Empire Falls 


Paul Newman no papel de Max Roby

Esta fantástica mini-série, que foi transmitida pela RTP 1 nas noites de Terça e Quarta, demonstra mais uma vez que a América (quando quer...) consegue produzir melhores programas televisivos que a Europa.
Deixei-me envolver pelo argumento, como se vivesse também naquela povoação decadente da Nova Inglaterra (Nordeste dos EUA) onde os seus habitantes, sem encontrarem uma saída para os problemas económicos, apenas podiam contar com a lealdade da família e o apoio dos melhores amigos.
O elenco é de luxo: Ed Harris, Philip Seymour Hoffman, Helen Hunt, Paul Newman, Robin Wright Penn, Aidan Quinn e Joanne Woodward, entre outros. As personagens estão tão bem representadas que até se pode compará-las com personagens da grande literatura, tal é a forma poderosa como conseguiram estimular a minha imaginação e enriquecer, nem que fosse por apenas duas noites, a minha vivência cultural.
É com essa conclusão feliz que termino este comentário: a televisão pode ser um meio de excelência cultural e existe público disposto a apoiar essa mesma excelência.
RM

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